* As contrações adelgaçam o segmento inferior do útero onde é feita a incisão e, em consequência a recuperação será mais rápida;
* O trabalho de parto libera hormônios que passam para o bêbê e o preparam para a sua vida fora do útero;
* As contrações diminuem a possibilidade de que o bebê tenha problemas respiratórios, problemas esses de que padecem muitos bebês nascidos por cesariana (não somente no nascimento mas no decorrer de toda a sua infância);
* As mulheres que experimentam o trabalho de parto têm uma menor incidência de depressão pós-parto;
* Com o trabalho de parto liberta-se a oxitocina, conhecida como a "hormônio do amor" que prepara a mãe para estabelecer um intenso vínculo amoroso com o seu bebê;
* As endorfinas libertadas durante o parto relaxam a mãe e ajudam-na a fazer frente ao pós-parto;
* Esperando pelas contrações assegura-te de que o teu bebê está realmente pronto para nascer, podendo evitar-se a possibilidade de um bebê prematuro ou simplesmente um bebê que necessita de um pouco mais de tempo no útero.
Antes de marcar a sua cesariana, pense nisto com carinho...
FONTE: SOBCESÁREA BLOGSPOT
Vítima da Cesariana Agendada
ResponderExcluirSe pudesse, aconselharia todas as mulheres a optar pelo parto normal, ou pelo menos a passar pelo trabalho de parto antes de uma eventual cesárea.
Sou uma vítima da cesárea agendada, aquela sem trabalho de parto e sem a menor consideração para com o bebê. Hoje, com 20 anos e depois de alguma leitura em artigos científicos a respeito, concluo que teria sido mais benéfico, e até mais ético, se minha mãe tivesse me abortado.
Nasci antes do tempo, com 38 semanas, por conveniência de um médico insensível e pelo medo que minha mãe sentia da dor. Um paradoxo, pois ela relata que a dor do pós-operatório que sentiu, após a cesariana, foi muito mais cruel que a dor que sentiu em seu primeiro parto, que foi normal.
Além de ter nascido com icterícia (o menor dos problemas) e dificuldades respiratórias, tive problemas de aprendizado no colégio e, principalmente, de socialização. Fui uma criança incompreendida, já que meus próprios pais me condenavam duramente por minhas limitações, e sofri de grave depressão, da qual só consegui me libertar há alguns meses com auxílio de acupuntura.
“Então o homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas (…) a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas.
Ela nunca foi capaz de voar.” (A lição da borboleta, autor desconhecido)
Chrysalide, fiquei muito tocada com seu comentário, pois pude perceber o quanto tudo isso foi difícil e sofrido para vc. Não condene sua mãe, infelizmente a maioria das mulheres hoje tem medo da dor e do parto e isso se deve ao nosso modelo obstétrico, que tornou o parto normal muito sofrido e cheio de intervenções desnecessárias e muitas vezes traumáticas e propagou as cesáreas como uma salvação. As mães muitas vezes erram tentando acertar e tenho certeza que nunca querem o mal para o filho, pelo contrário. Infelizmente antes era muito difícil o acesso à informações embasadas em ciência, e muitas pesquisas sobre isso são até recentes. Ainda hoje, com a facilidade ao acesso das informações, nossa realidade obstétrica é o caos, expondo mais de 90% de mulheres e bebês na rede privada a riscos e procedimentos desnecessários e prejudiciais. Você teve problemas que carregou muito além do nascimento e sinta-se abraçada e acolhida por mim. Você é muito jovem e, com apoio adequado pode e deve transformar sua realidade para uma vida melhor e um mundo melhor. Somos uma rede transformadora de vidas e buscamos a mudança do cenário obstétrico e o respeito pela vida de nossas mulheres e bebês até mesmo dos valores da sociedade através da humanização do parto e nascimento. Conte com meu apoio. Um grande abraço.
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