sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Disponibiliza-se uma mãe...

Antes do meu pequeno Ricardo completar 1 mês, escrevi esse textinho para cutucar quem deveria, incentivar quem precisava, mas principalmente para lavar a minha alma de mãe condenada ao fracasso da amamentação no 1o. filho. Hoje eu vejo o quanto mães e bebês são vítimas, boicotados de tantas formas e por todos os lados, de uma forma muito sutil e "solidária".

Fica aqui novamente o lembrete: TODA mulher pode e deve amamentar. Não existe leite fraco. Não existe pouco leite. (* salvo RARÍSSIMAS exceções). Existem sim mães desinformadas, mal orientadas ou pouco disponíveis. Existem profissionais totalmente despreparados para auxiliar na amamentação, ainda que o título / diploma sugira o contrário. Existe uma sociedade cruel que não incentiva e até mesmo muitas vezes não autoriza que a mãe se disponibilize para sua cria da forma como deveria. 

Amamentação é em livre demanda. Os bebês não vieram com relógios nem com padrões. Não aceitam regras. As mulheres que decidiram ou aceitaram ser mães deveriam entender que precisam estar disponíveis para seus bebês, de forma integral. O ritmo do bebê é individual, e a rotina se estabelece com o tempo, com os meses. Não existe rotina de amamentação para um bebê que acabou de nascer. Não existe quantidade de colo. O sucesso da amamentação depende unica e exclusivamente do quanto a mãe confia em sua capacidade de alimentar seu filho e se disponibiliza para isso assim como do apoio que tem de quem está ao seu lado.  

Segue o texto, escrito dia 26 de novembro de 2013 (Ricardo nasceu em 31/10/2013):

Foto: Eis o resultado de muito peito e colo: Ricardo engordou 500gr em 10 dias, praticamente um bezerrinho. E mais: um bebê calmo, feliz, que não chora, não tem cólica, mama e dorme, mama e dorme / uma mãe cansada (todas são) PORÉM tranquila e realizada / um irmão que está crescendo e aprendendo a dividir a mãe (e diga-se de passagem que está vivendo essa fase de forma exemplar). Detalhe: já ouvi de tudo e de todos comentários nada simpáticos sobre isso. Tudo o que me dizem é que ele fica muito no peito, ou muito no colo, ou será que meu leite está sustentando e outras coisas mais. E eu fico me perguntando que regra é essa que nos impuseram que as mães não devem estar totalmente disponíveis para seus bebês? Que tipo de "trabalho" é esse que vão dar ou de mal costume que vão adquirir? Não seria o contrário? Um bebê que tem suas NECESSIDADES, sim, necessidade de colo, aconchego e calor, tanto quanto alimento, em livre demanda é um bebê muito mais feliz, calmo e satisfeito. Um bebê que vai ter o que é importante em cada fase e que as fases vão mudando e as necessidades também. Não seria mais fácil a gente aceitar isso e se entregar para o amor do que ficar relutando e tentando impor regras para um ser que definitivamente não está aqui para isso??? E todos serem mais felizes com isso? Não é por mal, eu sei. É social, cultural. Nós é que fomos moldados com regras e modelos impostos e sequer nos questionamos sobre isso. O que é importante mesmo aliás?? O Henrique tem quase 3 anos. O tempo passou num piscar de olhos. Graças a Deus me lembro com orgulho e com saudades do quanto de colo e aconchego que ele recebeu. E hoje é um meninão, todo "independente", que no SEU tempo abriu suas asinhas para voar e sentir-se seguro longe de mim. Nessa história toda, só o que me deixa triste foi não ter conseguido amamentar o Henrique, por não "ter tido leite suficiente". O que eu não tive foi apoio suficiente, e ele... peito suficiente. Até quando nossas mães deixarão de amamentar por falta de apoio, da família, da sociedade, dos profissionais?

Eis o resultado de muito peito e colo: Ricardo engordou 500gr em 10 dias, praticamente um bezerrinho. E mais: um bebê calmo, feliz, que não chora, não tem cólica, mama e dorme, mama e dorme / uma mãe cansada (todas são) PORÉM tranquila e realizada / um irmão que está crescendo e aprendendo a dividir a mãe (e diga-se de passagem que está vivendo essa fase de forma exemplar). 

Detalhe: já ouvi de tudo e de todos comentários nada simpáticos sobre isso. Tudo o que me dizem é que ele fica muito no peito, ou muito no colo, ou será que meu leite está sustentando e outras coisas mais. E eu fico me perguntando que regra é essa que nos impuseram que as mães não devem estar totalmente disponíveis para seus bebês? 
Que tipo de "trabalho" é esse que vão dar ou de mal costume que vão adquirir? Não seria o contrário? 
Um bebê que tem suas NECESSIDADES, sim, necessidade de colo, aconchego e calor, tanto quanto alimento, em livre demanda é um bebê muito mais feliz, calmo e satisfeito. Um bebê que vai ter o que é importante em cada fase e que as fases vão mudando e as necessidades também. 
Não seria mais fácil a gente aceitar isso e se entregar para o amor do que ficar relutando e tentando impor regras para um ser que definitivamente não está aqui para isso??? 
E todos serem mais felizes com isso? 
Não é por mal, eu sei. É social, cultural. Nós é que fomos moldados com regras e modelos impostos e sequer nos questionamos sobre isso. O que é importante mesmo aliás?? 
O Henrique tem quase 3 anos. O tempo passou num piscar de olhos. Graças a Deus me lembro com orgulho e com saudades do quanto de colo e aconchego que ele recebeu. E hoje é um meninão, todo "independente", que no SEU tempo abriu suas asinhas para voar e sentir-se seguro longe de mim. Nessa história toda, só o que me deixa triste foi não ter conseguido amamentar o Henrique, por não "ter tido leite suficiente". 
O que eu não tive foi apoio suficiente, e ele... peito suficiente. Até quando nossas mães deixarão de amamentar por falta de apoio, da família, da sociedade, dos profissionais?

Ricardo hoje está com quase 4 meses, amamentação exclusiva, sempre engordou e cresceu bem, e é perfeitamente saudável. Teve fases de mamar a cada 10 minutos, teve dias e noites que praticamente morou no meu colo. Quando passou dos 2 meses começou a espaçar mais as mamadas e quando passou dos 3 meses, espaçou um pouco mais ainda. Mas mesmo assim já tivemos aqui o pico de crescimento entre os 3 e os 4 meses, em que passou a mamar com muito mais frequencia por alguns dias. Com certeza á cansativo, mas vale totalmente a pena e passa. Vai passar e só vai restar a lembrança e a saudade. E a certeza de que ele teve o que precisava. 

Aqui segue um link com entrevista do Pediatra Carlos González, simplesmente "o cara". Depois que a gente lê o que ele fala pensa: "Deus do céu, o cara falou o óbvio! Quando foi que a gente começou a distorcer tanto assim os conceitos tão naturais e instintivos da nossa vida": http://www.paisefilhos.pt/index.php/destaque/6891

E aqui uma fotinho homenagem, que foi tirada no dia de hoje. Pequeno mamaço no Espaço Nona Lua!


Ricardo e Natália

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